VULNERABILIDADE É A PRINCIPAL MOTIVAÇÃO PARA A ENTREGA DE CRIANÇAS PARA ADOÇÃO EM AL (GN - AL)

Drogas, miséria e falta de rede de apoio são motivadoras do alto índice de abandonos de menores, diz juíza/Foto: Wanessa Oliveira



Quando Joana*, de 56 anos, decidiu adotar 'à brasileira' uma recém-nascida, em 2012, conheceu a história da bebê da pior maneira possível: sofrendo tentativa de extorsão, seguida de investidas para devolução do bebê, por parte do pai biológico da criança. Com passagens na polícia, o genitor não prosseguiu com as ameaças, mas foi o suficiente para que Joana soubesse um pouco sobre o contexto em que a pequena nasceu.


"Em meio a toda essa questão, fiquei sabendo que se tratava de um casal que era viciado em drogas, com duas crianças cuja guarda foi retirada por abandono e maus tratos", conta Joana. "Inclusive fiquei sabendo que a bebê vinha de uma violência no parto. Não foi um parto prematuro, mas antecipado, por conta da agressão do pai cometida contra a mãe. Ela levou vários chutes na barriga, o que desencadeou no trabalho de parto antes do tempo. A menina nasceu com sequelas, além de sífilis, doença que pode causar cegueira", relatou.

Em meio às buscas por adotar uma criança, Joana chegou a visitar abrigos e lares de adoção. "Você vê crianças com cicatrizes, marcas pelo corpo de violência de todos os tipos, física, sexual e psicológica. São absurdos", comenta. Ao fim, e em meio a oportunidade de ter encontrado uma mulher que queria entregar o bebê no momento em que nascesse, decidiu ficar com Marina, ainda que de maneira ilegal.

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Por: Wanessa Oliveira e Gabriella Martins (Gazeta Web)

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