SAIBA AS DIFERENÇAS ENTRE SALÁRIOS PÚBLICOS E PRIVADOS (GN - BRASIL)

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O relatório “Um ajuste justo – propostas para aumentar eficiência e equidade do gasto público no Brasil” aponta que os servidores públicos federais ganham no Brasil 67% a mais do que um empregado no setor privado em função semelhante, com a mesma formação e experiência profissional. Os servidores estaduais também têm salários mais altos. A diferença é de 31% em relação aos trabalhadores da inciativa privada.


O chamado “prêmio salarial” do funcionalismo brasileiro é o mais alto numa amostra de 53 países pesquisados pelo Banco, que têm média de diferença entre um setor e outro de 16%.

A avaliação do banco é que um dos motivos que contribuem para o aumento da desigualdade no Brasil é o valor dos salários elevados recebidos pelos servidores. Por isso, uma das sugestões é aproximar os salários do setor público aos pagos pelo resto da economia. Como? Congelando salários. O banco fez simulações que apontam que o congelamento dos salários do funcionalismo público reduziria o prêmio salarial de 67% para 36% até 2021, e 16% até 2024.

De acordo com o relatório, o setor público paga, em média, salários aproximadamente 70% superiores (R$ 44.000 por ano) aos pagos pelo setor privado formal (R$ 26.000 por ano), e quase três vezes mais do que recebem os trabalhadores informais (R$ 16.000 por ano).

O governo federal paga salários ainda mais altos: com base em dados de 2016, os militares brasileiros recebem, em média, mais do que o dobro pago pelo setor privado (R$ 55.000 por ano), e os servidores federais civis ganham cinco vezes mais que trabalhadores do setor privado (R$130.000 por ano).

O Banco Mundial constatou ainda que a massa salarial também é elevada em relação a outros países. Ela subiu de 11,6% do PIB em 2006 para 13,1% do PIB em 2015, superando até Portugal e França, que registravam massas salariais mais altas que o Brasil há uma década. Outros países desenvolvidos, como a Austrália e os EUA, possuem massas salariais consideravelmente menores, de cerca de 9% do PIB. Já o Chile gastou somente 6,4% do PIB em salários do funcionalismo público em 2015.

Como percentual do PIB, a folha de pagamento brasileira é mais alta que a de qualquer média regional de países. Os altos níveis de gastos com os salários são impulsionados pelos elevados salários dos servidores públicos, e não pelo número excessivo de servidores.

Os servidores públicos são comparativamente ricos no Brasil: 54% encontram-se no grupo dos 20% mais ricos, e 77% estão entre os 40% mais ricos.

Por: Tabocas Notícias com Estadão

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